Quando a Leah Williamson era mais nova, a sua fotografia assinada da futebolista Kelly Smith era um dos seus bens mais preciosos. "Sonha em grande!!!", escreveu a Kelly. E a Leah tinha mesmo um grande sonho. Sonhava jogar futebol profissionalmente e usar a braçadeira de capitã, tal como a Kelly.

Na sua primeira equipa, a Leah era a única rapariga. O seu rabo de cavalo louro balançava atrás das costas enquanto ela enchia o campo. Rapidamente se tornou na ponta de lança mais importante da equipa. Ainda assim, jogar com os rapazes não era fácil.

"Costumava ouvir coisas más das bancadas todas as semanas", disse a Leah. No entanto, diz que essa época foi importante para a tornar mais forte.

"Sou alguém que gosta muito de observar e ouvir. Tento usar os pontos fortes das outras pessoas para ver de que forma posso contribuir."

Quando a Leah tinha 18 anos, cobrou um poderoso penálti que garantiu o lugar da Inglaterra no Campeonato Europeu de Sub-19. A Leah e as suas colegas de equipa ficaram extasiadas. No entanto, a celebração foi interrompida quando o árbitro anulou o golo! Acabou por ser um erro e, para o corrigir, a Leah teve de voltar a cobrar o penálti cinco dias após o jogo. A pressão estava lançada.

Na noite da marcação do penálti, a Leah entrou em campo. As jogadoras de ambas as equipas formaram uma linha atrás dela. A guarda-redes agachou-se, esperando bloquear o remate. O árbitro colocou a bola na marca e a Leah tomou o seu lugar. Começou a correr e ZÁS! Lançou a bola para o ar. A guarda-redes saltou, mas o pontapé da Leah era demasiado poderoso. A bola passou entre os dedos da guarda-redes e só parou na rede. GOLO! A Leah soltou um grito triunfante enquanto as suas companheiras de equipa se apressaram a abraçá-la.

Alguns anos mais tarde, a Leah conseguiu alcançar outro objetivo: tornou-se capitã tal como a Kelly Smith, o seu ídolo de infância.